Fonte veja abril.Prisão de três estudantes que fumavam maconha no campus provoca protesto. Cinegrafista da TV Bandeirantes levou tapa na cara quando filmava a confusão
André Vargas
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A prisão de três estudantes que fumavam maconha dentro do campus da Universidade de São Paulo (USP) no início da noite desta quinta-feira provocou uma confusão entre alunos do curso de História e policiais militares. Três PMs ficaram feridos no confronto e foram para o hospital, dois deles tiveram ferimentos na cabeça, provocados por pedras jogadas pelos estudantes. Cinco viaturas da corporação e uma da guarda civil foram depredadas pelos manifestantes. O cinegrafista da TV Bandeirantes, Milton Lara Carvalho, foi agredido e ficou ferido no rosto. Ele teve a moto derrubada e câmera danificada. "Estava filmando quando um dos estudantes me deu um tapa na cara", contou Carvalho, que vai registrar boletim de ocorrência da agressão.
A polícia teve de usar gás lacrimogênio e spray de pimenta para dispensar os baderneiros, que queriam forçar a liberação dos estudantes da Geografia presos. Apesar da resistência, os três foram levados para o 91º DP, na Vila Leopoldina, mas tiveram de ir até lá no carro da diretora da Faculdade de História, Sandra Nitrine, que tentou o tempo todo evitar o tumulto. “A polícia só disparou gás depois que os estudantes jogaram um cavalete no carro da PM”, afirmou o tenente José Ricardo Caresi. “Os alunos detidos toparam sair do campus com a PM, mas os colegas não deixaram.”
Os três estudantes devem ser liberados nesta madrugada, depois de assinarem um termo circunstanciado. Eles foram autuados por porte de droga. A professora Sandra Nitrine, diretora da Faculdade de História tentou conter o tumulto. Agora, ela está na delegacia acompanhando os alunos presos.
De acordo com o relato de estudantes, por volta das 18h30, dois policiais militares abordaram três estudantes que fumavam dentro de um carro na entrada da Faculdade de História. Ao verem a droga, os policiais resolveram conduzir os alunos para a delegacia. Nesse momento, outros estudantes começaram um tumulto para impedir que os detidos entrassem na viatura. Foi aí que começou a pancadaria.
“O pessoal foi para cima da PM”, disse um aluno da História. Victor Ferreira, também estudante da faculdade, lamentou: “Os PM estavam quase cedendo e liberando os colegas quando chegou o reforço.” Após a saída dos policiais com os três presos, cerca de 300 estudantes organizaram um protesto em que pediam a renúncia do reitor Grandino Rodas, a retirada da PM do campus e a dissolução do Diretório Central dos Estudantes, que, para eles, foi conivente com a polícia. Entre os manifestantes, muitos fumavam maconha. "Eles fumam na cara dura", constatou um dos seguranças da universidade.
Ritual de passagem - Com um acurado senso de oportunidade, políticos do PT correram para a USP assim que souberam da ocorrência. Um dos primeiros a chegar ao local e, depois, a acompanhar os estudantes na delegacia, foi o deputado federal Paulo Teixeira. Para ele, o episódio "foi um exagero de ambas as partes".
"O uso de drogas na faculdade faz parte de um ritual de passagem”, disse à reportagem o deputado do PT. "A presença da PM junto aos estudantes é uma química que não dá certo e gerou esse problema hoje."
A polícia militar passou a patrulhar o campus da USP em setembro, depois de um aluno de Ciências Atuariais ter sido morto no estacionamento da faculdade. A presença da PM no local foi aprovada pelo Conselho Gestor da universidade em maio.
Caras.... por essas e outras que não confio muito em estudante... eles se rebelaram para FUMAR UMA DROGA ILÍCITA! Não vou tentar dá um discurso de ser contra ou a favor as drogas, mas a partir do momento que você escolhe usar uma droga ilícita deve estar preparado para pagar o preço caso seja pego... e não transformar numa baderna >_>.
Fiquei envergonhado por todos os alunos de universidade... eles tem uma mística que "Alunos e Docentes de universidade são melhores que o resto da população" que não é brincadeira é só falar que "UM ALUNO/DOCENTE FOI PRESO" que já soa como uma ditadura voltando e é o suficiente para que a classe se movimente como se todos estivessem em débito com eles por serem o futuro drogado da nossa população.
Agora.. vamos pensar friamente, uma universidade é um espaço público que qualquer um pode ir e vir... menos os policiais? Quer dizer que bandidos estão acima dos direitos dos Policiais? Ou são somentes os alunos e docentes que estão acima de todo mundo e tem algum tipo de "imunidade universitária" que não estou ciente?
Não só é ridiculo, como é especialmente ridículo na USP, uma universidade que é polarizada em vários pontos da cidade sem nenhuma demarcação de onde começa e onde acaba a universidade... quer dizer que a policia não pode entrar em partes comuns da cidade por que certas áreas são próximas dos campi da Usp? FODA-SE!
Estou muito envergonhado que alunos acham preferível assassinatos ocasionais há possibilidade de "perder o direito de se drogar em espaço público" direito que nunca tiveram.