A Telefônica apresentou à direção da GVT uma oferta de R$ 6,5 bilhões para comprar 100% do capital da empresa de telefonia.
A proposta do grupo espanhol foi enviada também à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) da Bolsa Paulista. Em termos financeiros, a oferta da Telefônica é bem superior à proposta apresentada no início do mês pelo grupo francês Vivendi aos controladores da GVT, a Swarth Groupe e Global Village Telecom.
Os franceses ofereceram pagar R$ 42 por ação da GTV e comprometeram-se a comprar 51% dos papéis da empresa, o que projeta um valor de mercado de R$ 5,4 bilhões para a telecom. É importante notar que a Vivendi não fez uma oferta por todo o capital da GVT, o que significa que os controladores receberiam bem menos que R$ 5,4 bilhões em dinheiro, já que não venderiam a totalidade dos papéis que detém na companhia.
Já o grupo espanhol oferece R$ 6,5 bilhões por todo o capital da companhia, pagando R$ 48 por ação, ou seja, R$6 a mais por cada ação da tele. Em nota ao mercado, a Telefônica diz que sua intenção é “ampliar a presença da companhia que atua apenas em São Paulo para outros Estados do país, assumindo as operações que a GVT mantém na região Sul, Centro-Oeste, Nordeste e outros Estados do Sudeste que não São Paulo”.
Segundo o grupo espanhol, a operação "permitirá à Telefônica ter uma presença maior fora do Estado de São Paulo, o que contribuirá para ampliar sua base de usuários, além de fortalecer a concorrência no mercado brasileiro de telecomunicações". A Telefônica diz ainda, em nota, que a fusão permitiria combinar a "solidez financeira da Telefônica com o potencial de crescimento da GVT".
A aquisição da GVT transformaria a Telefônica numa empresa nacional e melhor estruturada para competir com a nova Oi, empresa formada por Oi e Brasil Telecom.
O negócio, se confirmado, contribuiria para consolidar o mercado de telecomunicações no Brasil, mas pode apresentar riscos de concentração excessiva de mercado, ao contrário do que diz a Telefônica em sua nota.
Uma aquisição deste tipo precisaria, além da concordância dos sócios da GVT, de autorização de autoridades regulatórias.
A oferta acontece num momento conturbado para a Telefônica, que enfrenta duras críticas por falhas em seus serviços de banda larga e telefonia fixa no Estado de São Paulo. No primeiro semestre, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) chegou a suspender as vendas do Speedy temporariamente.
Na Câmara dos Deputados, um grupo de parlamentares chegou a apresentar um pedido de intervenção na companhia, usando como argumento duas falhas ocorridas este ano que deixaram os telefones fixos da empresa mudos por mais de duras horas em cada episódio, afetando até serviços essenciais, como os telefones da polícia e bombeiros.
Com atuação na área de telefonia fixa, móvel (a empresa é controladora de 50% da Vivo) e banda larga, a Telefônica mantém 14,8 milhões de linhas fixas instaladas em São Paulo e fornece 2,7 milhões de conexões banda larga. Ao longo de 2008, a companhia faturou R$ 15,098 bilhões no Brasil, segundo com seu balanço.
Quem é do Sul deve conhecer melhor a GVT e deve ter o serviço deles. Eu como assinante da GVT estou 100% satisfeito com seus valores e serviços. Não é todo dia q se tem internet de 3 mb por 49,90 e internet de 10 mb por 69,90... veremos como fica... afinal a GVT está em fase final para entrar com o serviço na região Nordeste.